Crie um site como este com o WordPress.com
Comece agora

DEIXE-ME IR

Arranque do meu peito esses malditos sentimentos, me transforme em pedra, apague com um balde de água fria este fogo que arde em meu peito, me liberte destas amarras, eu imploro, me lance do abismo, para que eu caia em si, para que eu me convença de uma vez por todas que não me amas.

Ah! Como eu suplico que me resgate desse mar de desilusão, que seque as minhas lágrimas e mate minhas inseguranças para que um dia eu possa acordar deste maldito pesadelo que é amar alguém que não me ama ser correr atrás de quem tão pouco faz por mim, eu peço eu grito com todo ar que ainda existe nos meus pulmões: DESPRENDA-ME DE TI!

Me deixe ter valor para você ou me lance fora, porque alimentas em mim sentimentos que não existem em você, porque me deixas morfar dentro do teu coração, por que me tratas como se não importasse nada?

Mate em mim todas as esperanças de te ter para mim de uma vez. Eu imploro, eu suplico… deixe-me ir.

ÁSPERO

Eu era útil para você quando seu mundo estava em queda, quando as coisas pareciam não dar muito certo ali eu me encontrava como seu alicerce para te segurar e manter você firme, e tu não se negava em me ter por perto. Cheguei a acreditar que finalmente tínhamos algo sólido, palpável que eu enfim tocar, como se por fim eu pudesse pisar firme naquele chão após anos tentando, mas, não. Quando teu mundo se reergueu senti você me lançando de lá adicionando espinhos nas paredes fazendo o possível para eu sair.
Tuas palavras eram ásperas, tuas atitudes eram grosseiras e era como se aqueles dias bons nunca tivessem existido, como se eu nunca tivesse chegado perto. Tento entender porque sempre faz isso me deixa nas nuvens e depois me lança na terra. Por quê?
Acho que te acostumei mal, me coloquei a disposição demais, e você não precisa de mim, como deixas sempre claro nas tuas palavras e atitudes eu não sou nada. Só queria que esses sentimentos sumissem para sempre, não queria chorar mais, não queria mais viver no líquido no rio de incertezas que é te amar não gosto de coisas incertas. Já nem tenho mais palavras para argumentar, pois, já sei de todas as respostas que vai me dar.
Depois de tantos anos ainda estão aqui mendigando um amor que jamais terei, sonhando em viver coisas que jamais viverei. Eu só queria que depois de tantos anos não doessem mais tanto assim, que as lágrimas não caíssem mais, queria não ter mais que escrever para aliviar a dor de sentir muito.

QUANDO TUDO DESMORONA

Quando tudo desmoronou naquela semana não havia ninguém ali para me abraçar, o sábado chegou e parecia um pesadelo sem fim que começou na segunda. Naquele sábado eu fui ao cemitério enterrar uma pessoa querida, e naquele momento eu me senti perdida e sozinha como aqueles cadáveres que ali descansavam e que provavelmente só recebiam visitas anualmente em ocasiões especificas, eu só recebia algo nos momentos de alegria, na minha dor não havia nada.

Na dor não há quem fique por perto, é na dor que o amor se revela e a frieza também, é nas lagrimas do desespero ou tristeza que se criam laços, não havia ninguém ali por mim ou para mim, e não havia lágrimas para cair. As pessoas ali eram consoladas por seus amores, eu segurava minhas próprias mãos e tentava ficar bem, embora tudo parecesse o fim.

Naquele lugar de cadáveres frios e decompostos se misturavam muitos sentimentos, até mesmos os de raiva e ódio e ali entre os mortos estavam os meus, de vazio e solidão. Nesse dia eu voltei para minha casa, tomei um banho longo, deitei na minha cama com esperanças e adormeci e ao abrir os olhos de novo o vazio estava ali de novo, como sempre.

Em dias de luto, em dias de pouca força de vontade tudo que queria era acolhimento e isso eu não achei e não era novidade e mesmo isso se repetindo ainda é difícil se acostumar com a ausência. No final, recolherei meus pedacinhos colocarei um sorriso no rosto e direi que está tudo bem.

O meu silêncio me mata

Eu sofro de fobia social há muitos anos e isso é um tormento, já melhorei com o decorrer dos anos, mas ainda não consegui deixar de ser uma pessoa “silenciosa”, definitivamente não consigo manter longos diálogos e toda vez que preciso ficar no mesmo recinto que outra pessoa que gosta de falar, o silêncio vira um tormento para a outra pessoa e o que para mim, é totalmente normal, para a outra pessoa é um pesadelo e isto me gera ansiedade.
Outro dia eu ouvi “você não falar, eu odeio gente que não fala” e isso saiu em um tom tão agressivo e repressor que despertou o gatilho e de repente eu me vi ali me tremendo inteira e querendo chorar, pois meu coração já estava palpitando de ansiedade, mas eu não podia chorar, eu não podia levantar e ir embora e de repente eu me vi como a pessoa mais inútil da face da terra, e de repente eu quis rasgar o meu diploma e morrer porque senti que minha dificuldade em me comunicar e entender não me deixariam viver em paz e apesar de me esforçar muito para conseguir ser “normal” eu não estava conseguindo e não existe nada mais frustrante que olhar para si mesmo e se sentir inútil por não possui características comuns a de outros indivíduos.
Aquela situação me deixou mal, por muito dias não só por aquelas palavras que me fizeram pensar que eu era errado ser o que eu sou mas também porque aquelas palavras foram ditas em voz alta para quem pudesse escutar e isso foi humilhante demais. Mas eu segurei as minhas lágrimas até o fim e no meu horário eu fui embora para casa e só então eu chorei e é mais um trauma que não vai passar porque escrevendo esse texto eu ainda tremo e ainda me sinto incapaz de viver em sociedade da minha forma INTROVERTIDA, mas não incapaz de fazer muitas outras coisas, porém mesmo assim ainda não sobreviverei porque o mundo é dos tais extrovertidos não existem lugar para pessoas como nós.
Depois daquele dia eu não queria nunca mais sair de casa, eu nunca mais queria pisar lá e em lugar nenhum, na verdade, eu queria deixar de existir, mas, eu não podia e eu retornei de cabeça erguida, mas totalmente devastada por dentro e não sei quando esse sentimento de culpa vai passar.

Não fui capaz de definir um título

Os dias que costumavam passar tão rápido, nas últimas semanas pareciam ir devagar demais comecei a pensar ser um complô contra mim. Eu tentava dormir o máximo que podia, não tinha força necessária para me erguer e começar um dia feliz, assim que meus olhos se abriam pela amanhã os meus pensamentos acordavam todos de uma vez e às vezes tentava segurar o choro que parecia esperar eu retornar ao meu consciente e isso era quando ele esperava em muitas ocasiões de madrugada ele vinha. Era mais um dia ou menos um dia sempre que a insegurança inundava meu peito eu não sabia por quanto tempo ela ainda me deixaria viver em paz, a mesma drenava todas as minhas forças, ela fazia doer e ferir tão intensamente.

A minha imagem no espelho refletia o fracasso em todas as áreas e a exaustão emocional transformava minha aparência os kg a mais chegavam, e eu que nunca tinha me sentido bonita na vida começara a sentir pior. Eu lutava com tudo que eu tinha para me sentir melhor e tinha dias que só me entregava.

Eu não era aquilo que eu parecia ser e as coisas nunca eram o que parecia, e perdi as contas dos momentos que deixei a realidade para viver no meu mundo paralelo isso tornava as coisas aceitáveis, quando o primeiro vento batia forte lá estava eu de novo morrendo afogada na realidade.

Dei tudo de mim e há tempos espero alguma coisa que nunca chega.

Ah! Esperança

Havia uma esperança que escorria pelas minhas mãos, no silêncio do meu quarto elas escorriam pelos meus olhos. Escrevo palavras que jamais farão diferença, embora eu me esforce e tente nada faz mudar, e aquela esperança vai se perdendo no meio de tantas incertezas que por tanto tempo foram alimentadas que aos poucos se tornaram um monstro gigante que não consigo mais trancafiar nas paredes do meu coração.

Algumas noites eu perco totalmente o controle desse monstro e escrevo textos e mensagens que apago e me esqueço, tão rápido, é como se algo lá dentro daquele amontoado de sentimentos transformados em palavras não fosse o suficiente. Ainda me pergunto quando as coisas irão mudar e, se ainda podem, se ainda há esperança e às vezes ainda no descontrole quando acredito ter aceitado a realidade que vivo, percebo que não, eu não aceitei.

Ah! Aquela esperança ainda pulsa tão ferozmente assim como o monstro das incertezas, em algumas ocasiões em lutas injustas eles me rasgam o peito e me fazem vomitar de pânico, um quer ficar outro, quer ir embora, a esperança grita sempre mais alto, acho que ela teme pelo meu fim, o fim de nós, se apegou as incertezas, se apegou aquilo que sempre fugimos: as lembranças. O monstro da incerteza sabe que nunca diferirá por mais bonitas que sejam as lembranças, ninguém está lá nas noites em que minhas lágrimas caem e quando meu peito aperta e quando toda a esperança se esvai.

Os sonhos que alimentara um dia descansam em paz no mundo das ilusões eu os cremei uma noite quando perdi o controle. Quando percebi que o amor é um conto que se conta aos intensos que assim como eu sempre acabo mergulhando no raso e assim como eu morro vazio.

Sem nexo, vazio

Houve um tempo em que as coisas faziam sentido, parecia bem real diria até que palpável, mas era gelo sólido por um tempo até que ficar líquido novamente.

Era eu e você, uma historia de longa data sem conclusões apenas com começo e sem um fim concreto ou possível no presente. As longas noites em que estive pensando sobre nós, não era o suficiente para obter conclusões, eu sabia que “nós” não existia, e essa era a ferida que mais doía e a que mais eu mexia. Nunca pensei que nosso laço poderia ficar mais apertado até que ficou, e mesmo que não exista mais, nós sabemos que existiu porque o laço continuara apertado.

Anoite deito e penso como seria se tivesse sido real, eu, você e… Mas quando fecho os meus olhos a primeira gota da realidade desce e aquelas palavras que saem da sua boca ecoam pela minha mente, trazem a memória que sonhos são somente sonhos e que sou maluca por te amar.  Não estávamos pronto para isso, não estamos prontos para nada e por mais que o tempo passe e se torne velho, isto não é o suficiente para tornar algo sólido.

Às vezes minha vida deixa de fazer sentindo e às vezes eu nem sei se estou no caminho certo, não consigo encontrar algo sólido onde possa repousar, tudo parece sempre superficial e líquido e às vezes vapor e completamente invisível aos meus olhos. Eu não reconheço meus amigos e eles não me reconhecem, sou apenas um vazio que não importa e que tanto faz.

Tento manter as aparências de que está tudo bem, e que não machuca assistir de longe, e que não me importo das coisas estarem assim. Só que lá no fundo, quando tudo está escuro e todos dormem algo grita dentro de mim dizendo: “não, não está”.  Mas para quem eu vou falar? O que devo fazer? São respostas que não tenho. Resta-me tentar dormir e tentar imaginar a vida longe disso tudo. Nos meus melhores sonhos, eu tenho amor e no primeiro raio de sol as ilusões se desfazem.

Eu não sei do que esse texto se trata, e também não sei se ele de alguma maneira faz sentido, eu sei que no fundo ele é um pouco dos meus sonhos que se evaporam, e dos meus sentimentos sólidos feitos de gelo que não esquentam nada e esfriam tudo, que ardem e matam, matam a mim.

Amigos também se vão

Há alguns dias me pego refletindo sobre minhas amizades das mais antigas as mais recentes e todas elas possuem uma coisa em comum, elas podem permanecer ou acabar.

Durante a minha quase meia vida tive poucos amigos e até mesmo colegas, conheci pessoas muito legais e também conheci pessoas muito… digamos assim péssimas, e sempre tive muito medo de me aproximar das pessoas. Fiz bons amigos que partilhei com eles meus sentimentos mais profundos, abri meu coração para outros e assim criamos laços que eu achei que jamais chegariam ao fim. Até que chegou.

Analisando cada amigos percebi que cada dia, mês, ano que se passa eu e eles vão se tornando pessoas diferentes e que eu era o amigo ideal para aquela pessoa naquele momento mas, depois isso passou. Talvez os amigos sejam isso um para cada momento uns permanecem outros se vão pra sempre.

Também percebi que sou o amigo desabafo de outros, que meus problemas e conflitos pouco importam eu sirvo apenas para ser a rocha a qual eles vão se apoiar, o abrigo na tempestade e depois que passa eles saem debaixo de mim pouco se importando com o que aquela tempestade fez. E eu entendo, o nosso bem estar para algumas pessoas é o de menos mesmo.

Há aqueles também que somem e reaparecem nos momentos mais difíceis ou para comemorar e partilhar momentos felizes e esses são os melhores estão comigo para o que der e vier e são também os me acolhem e que eu acolho a amizade é reciproca. E não existe nada mais bonito do que reciprocidade. Esses amigos podem ser passageiros ou eternos tudo depende se as nossas diferenças ao longo dos anos vão ser superadas.

A gente sente quando amizades são eternas, geralmente é quando cada um respeita seu tempo e espaço e apesar de muitas vezes manterem uma certa distancia ao se reencontra a ligação é a mesma e você pode partilhar de suas novas conquistas dores sem o desconforto de desconhecer aquela pessoas, sem ter que tentar uma reaproximação porque vocês entendem que a distancia e mudança fazem parte de historias de amor de amizade.

Há aqueles amigos intensos de momentos incríveis que foram usufruídos da melhor maneira possível como uma paixão súbita e vocês riram e choraram, falaram de suas vidas foram apoio um ao outro e aquele passou e a distancia veio e o fim dessa amizade chegou.

Amizades também acabam cabe a você recolher o que foi bom e guardar no coração e eu não falo aqui de amizades que terminaram por brigas ou falsidade isso não é amizade foi só um surto. Eu falo de amizades profundas e você sabe quem são suas amizades sólidas cuide delas e não seja um babaca.

Eu so quero saber se tu pensa em mim

As vezes, muitas vezes eu me pego pensando se você pensa mim!? se antes de dormir você olha para o lado e se recorda que eu já estive preenchendo esse lugar vazio, que acordava ao seu lado e que te observava com sutileza você se enxugando depois do banho.

As vezes me pergunto se você também acorda de madrugada com o coração acelerado lembrando de mim ou de momentos que vivemos juntos e que não vão mais voltar.

As vezes quero saber se você olha as nossas fotos juntos no seu celular ou se ainda vê meus nudes e sente a minha falta, sente falta do meu corpo, dos meus beijos.

As vezes eu choro e penso se você também chora sentindo saudade.

As vezes quero te ligar pra saber se você me procura na sua cama nos finais de semana quando acorda, se me vê nos cantos do seu quarto, se sente falta de receber minhas mensagens e se gostaria de me encontrar se gostaria de me ver.

Mas todos os dias eu lembro que a resposta para tudo é: não, um belo não que escutei em alto e bom tom todas as vezes que quis saber se sentia saudades, um não que extremecia meu peito mas, não era capaz de me fazer não te amar. E ainda te amo! E as vezes me pergunto se meu lugar já foi preenchido por outra, e se seu sim já foi dado para outra!? Eu não sei e não me atrevo a descobrir.

As vezes me questiono se um dia vai parar de doer tanto e se um dia vou deixar de te amar? Mas enquanto essas respostas não chegam sigo em frente limpando as feridas que posso, enxugando as lágrimas e tentando esquecer que um dia você foi tudo que eu tinha e eu não era absolutamente nada e nem o mínimo para que você quisesse estar comigo.

Caos estabelecido – Fase I

Eu estava só novamente na verdade acredito que nunca estive acompanhada de verdade, eu vagava por aí tentando caber em lugares que não me encaixavam, sentindo no meu peito sentimentos que não cabiam mais dentro de mim, vivendo apenas para .controlá-los tentando não deixar sair não havia lugar para eles na vida real, fazia o possível para não demonstrar demais. O medo preenchia meus vazios e a insegurança me acompanhava onde quer que eu fosse. Não existia paz, não existia lugar pra mim onde quer que fosse, os monstros criados na minha cabeça da angústia a solidão me levavam e aos poucos eu me perdia e aos poucos eu me quebrava dia a pós dia pedaços meus ficavam por aí.

O que um dia foi inteiro desmoronou, despencou e as feridas fechadas anos atras se abriram de uma vez só, se rasgaram para que toda dor possível fosse sentida com toda sua intensidade e elas voltaram mais resistentes e os meus devaneios e lembranças as cutucam me despertando na madrugada pedindo socorro, não há o que fazer a não ser esperar sarar de novo e esperar passar.

Sozinhos de novo, destruído e fraco e depois dessa não sei se aguento mais uma e de todas as escolhas possíveis que posso fazer escolho a de me recolher novamente na minha caixa é melhor se sentir sozinho do que atormentando e destruído.

Blog no WordPress.com.

Acima ↑